quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tudo que é compreendido torna-se previsível e entediante. E assim há a vida, sem porquês e portantos.
Constantina - Azul Marinho by constantina

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ser (Always something in the in-betweens)

E assim sou não sendo, e não sendo, sou. Uma sombra amorfa de tudo e qualquer coisa; um descobrimento tardio do velho clássico; um interesse prematuro pelo novo badalado.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Palavras e devaneios

É interessante perceber as diferentes possibilidades (e impossibilidades) de sentido proporcionadas pela variaçao do vocabulário de línguas diferentes. Sempre me deparo com inúmeros exemplos, mas minha pobre memória mal me permite lembrar deste que acabo de encontrar: o sentido de "casa" no inglês (home) e a diferença em relação ao português. Sim, eu sei que existe o equivalente "lar" no português, mas me refiro à palavra de uso habitual no português brasileiro (sempre nos referimos ao lar como "casa" - como em "Vou para casa"). A palavra "lar" ganhou um sentido muito mais "doméstico", familiar... "Ela é a dona do lar", ou em formulários de inscrição "Profissão: (x)Do lar". Já "home" é muito característico: "I'm going home".

Pensava isso enquanto olhava para o céu esverdeado coberto por nuvens negras, além da rede de proteção de minha janela. Aquelas cores peculiares vistas por entre os buracos da rede de proteção me fizeram lembrar da música "Tones of Home" do Blind Melon. Uma associação "errada", diga-se de passagem, pois "Tones" quer dizer "tons", mas não o tom que se refere à tonalidade das cores. Como no português essas palavras são homônimas, a associação surgiu involuntáriamente como numa espécie de sinestesia... Os tons do céu por entre os buracos da tela de proteção, a canção e o sentimento de se estar em casa.