quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"Todo caminho dá na venda"

É tão mais fácil sentar aqui e esperar que nada aconteça, sempre esperando que aconteça. E mesmo assim eu não sei pelo que eu espero. Não sei o que eu estive fazendo por todo esse tempo e agora não estou certo nem de mim mesmo, do que sou e do que é ser. Nadei em qualquer direção, sempre esperando pela queda. Cheguei a uma ilha e vi descontruída a torre mais alta da muralha, aquela que me fazia enxergar por entre as copas das árvores e avistar as mais longínquas clareiras. Procurei perdidamente pelo melhor caminho, pulando de trilha em trilha e nunca soube aonde queria se chegar. Andei em círculos. Só então me dei conta...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Religião

As religiões tentam buscar significados e criam teorias mirabolantes para o que há além da morte. O mundo é simples, a beleza é simples como uma flor ou como uma rocha. E assim é a morte. Somos nós, humanos, que procuramos dar sentido à tudo, e isso fica claro quando se vê a quantidade de religiões que existem por ai. Cada uma tenta adequar a realidade e o sobrenatural aos seus interesses, sejam eles claros ou não. Moralismos à parte, me refiro ao conforto existencial. A necessidade de seguir em frente e saber o que há no caminho. Por isso vejo religiosos como crianças que discutem sobre quem tem o pai mais legal.
"O meu pai me leva ao parque aos domingos!"
- "Ah mas o meu me deixa comer doces antes do almoço!"
E vejo graça na seriedade com que as pessoas defendem suas religões a medida que tentam ser condizentes (ou não) com suas próprias doutrinas, por exemplo, católicos pregando o respeito às demais religiões. Quanto a mim, não acredito na religião dos homens, sendo esse deus parte dela. Mas não serei eu aquele que desvendará os mistérios do mundo e a confirmar por a+b a existência ou não de qualquer entidade superior.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Brave

"The sound of falling when the pictures are moving between the memories dead in time."

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Reminiscência

Mais uma data que outrora me traria tantos bons momentos... E as chuvas de dezembro que molham o asfalto trazem consigo tantas lembranças. Na calada da noite sentimentos vem e vão e no final só resta a mim. Tantas poças formam espelhos na rua e o que eu vejo parece ser tão diferente e ao mesmo tempo tão igual ao que eu sempre vi. Fui sempre eu, mas demorei a descobrir quem era eu. E sou como qualquer um, que senta sozinho e contempla à sua própria metamorfose. Perco o tempo com as vozes, mas o silêncio vem e ruidosamente desfaz em pedaços o que parecia ser uma noite como a de anos atrás...